“Enfeitei meu coração de confete e serpentina, minha mente se fez menina”. Faz 40 anos que os versos e o samba da Império Serrano, que entrou na avenida com pouquíssimos recursos, conquistaram a Sapucaí e fizeram história. Para comemorar o aniversário da obra assinada por Aluísio Machado e Beto Sem Braço e do desfile histórico, o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro produziu o documentário “Bumbum Paticumbum Prugurundum 40 anos”, que será lançado na próxima semana no canal do YouTube do Arquivo.
O documentário, que conta com depoimentos de Aluísio Machado e da presidente do Arquivo da Cidade, Rosa Maria Araújo, tem histórias curiosas.
– A gente se encontrava no ônibus e vinha fazendo o samba: parecíamos dois doidos – diz Aluísio Machado.
Rosa Maria conta ainda que, quando a escola entrou na Avenida, a temperatura era de 46 graus e a poeira varria todos os participantes.
Vale conferir outras histórias narradas pelo documentário: os compositores, até então desconhecidos, fizeram o samba inspirados em uma entrevista de Ismael Silva a Sérgio Cabral falando da marcação do surdo de uma bateria de escola de samba. O resultado todos já sabemos: Bumbum foi o sucesso do carnaval, tornando-se a música mais tocadas nas ruas e nas rádios e, até hoje, uma das mais marcantes do carnaval carioca.