Evento, neste sábado (27/01), marca o Dia da Visibilidade Trans
A Coordenadoria de Diversidade Sexual (CDS-Rio), órgão ligado à Casa Civil da Prefeitura do Rio de Janeiro, apoia a feira, II Mercado Mundo Trans, que ocorre neste sábado (27/01), das 10h às 17h, na Praça Mauá. A feira dará visibilidade a produtos e empresas gerenciados por pessoas trans, com objetivo de estimular o desenvolvimento de negócios e a inserção no mercado de trabalho deste público.
A Feira terá um DJ para animar o evento e, entre os produtos comercializados, um brechó temático: o “Jardim de Madalena”, com peças organizadas de acordo com os elementos da natureza. Na linha de cosméticos, a marca Miguel Odara colocará à venda produtos voltados para pessoas trans a preços acessíveis. Para quem gosta de moda, a feira terá algumas marcas, como Kelly Medeiros, com peças em crochê produzidas por mulheres do Nordeste; a marca King of Fashion, de street wear; e a Kaduda, de “AfroTransJóias”: jóias e produtos artesanais feitos a partir de narrativas de pessoas trans. Também será possível conhecer o trabalho da Ghmitz, empresa que combina fotografia com artes visuais através de desenhos, quadros e objetos feitos de cerâmica pintados à mão.
– Esse evento é importante porque mostra o empreendedorismo trans. As marcas e empresas são geridas por pessoas trans que, através de eventos como este, ganham visibilidade, aumentam a clientela e expandem seus negócios. A CDS-Rio tem feito esse trabalho, que vai desde a educação até a realização de eventos que dão visibilidade a este público, ajudando-o a ser inserido no mercado formal de trabalho. – diz Carlos Tufvesson, Coordenador de Diversidade Sexual.
Durante todo o tempo, a equipe do projeto Garupa, desenvolvido pela CDS-Rio, estará presente, distribuindo folhetos informativos sobre prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST) e preservativos. Também irá cadastrar pessoas em situação de vulnerabilidade para encaminhar aos órgãos públicos municipais. O Garupa nasceu como uma ação de promoção de saúde de pessoas LGBTI+ em situação de vulnerabilidade social. Realizado em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde e Assistência Social, o programa visa a desconstruir as barreiras de acesso de destas pessoas à saúde e proteção social e embasar outras iniciativas de mitigação dos impactos da LGBTIfobia.
O Dia da Visibilidade Trans marca um ato realizado no Congresso Nacional, em Brasília, em 29 de janeiro de 2004. Na ocasião, um grupo de mulheres e homens trans e travestis reuniu-se para lançar a campanha “Travesti e Respeito” e, desde então, a data se tornou um marco contra a transfobia no Brasil.
